O frasco da gratidão

Há uns anos, por sugestão da minha amiga Ana, comecei a escrever os meus três agradecimentos diários.

Ao princípio foi difícil, muito difícil mesmo. Havia dias em que não parecia haver nada para agradecer. Depois aos poucos este hábito foi-se instalando e com ele um novo olhar sobre tudo o que me acontecia.

Deixei de escrever quando achei que já não precisava pois a gratidão fazia parte da minha forma de estar.

Mas hoje ao cruzar-me com uma imagem do "frasco da gratidão" lembrei-me de voltar a este hábito com um novo propósito.

É um frasco qualquer, pode ser de bolachas, onde todos os dias, ou todas as semanas, para os que acham difícil o hábito diário, guardamos um papel onde escrevemos um momento alto do dia. Pode ter sido uma frase que alguém disse, uma paisagem que se observou, uma conversa com um amigo, o que seja que nos fez sentir bem e pela qual estamos gratos.

Do meu frasco de 2018 teria constado o ter conhecido a D. Adelaide e o Sr. Daniel, os almoços com o meu filho Vasco, as manhãs de surf com o meu filho Miguel, as viagens com o Tomaz, os almoços e as conversas em casa da amiga Ilda, os quadros do Vaz, as rosas brancas da Bernardette, as aulas de Biodanza, o pôr de sol no Peralinho, as manhãs de neblina, as plantas a crescer, as tardes de costura e conversa com a Cristina e tantas, tantas coisas mais.

Para além do efeito óbvio de nos ajudar a ver a vida pelo lado positivo, no final do ano teremos nesse frasco o nosso balanço do ano e vai ser com certeza bom recordar.

Para quem tem crianças pequenas esta é também uma forma divertida de ensinar a positividade e a gratidão. Todos os dias, um papelinho, a historinha para adormecer e o beijo das boas noites.

E quando chegar ao Natal abrir o frasco e ler e recordar cada momento do ano é o melhor presente que te podes oferecer.