Poesia # 35 - Dentro de mim

A coisa sem nome, indefinida
Que tenho dentro de mim
Torna-me livre e destemida
Para ir sempre até ao fim

Em tudo me acompanha
Vá eu para onde for
Cumpro qualquer façanha
Sem dúvida nem temor
Percorro todos os caminhos
Mesmo os mais difíceis
Com rosas cheias de espinhos
Como se fossem fáceis

Tropeço, escorrego e caio
Volto logo a levantar-me
Mesmo quando me distraio
Consigo até superar-me

Questiono-me em jeito de epítome
Com tanta valentia assim
Será força essa coisa sem nome
Que afinal tenho dentro de mim