Habitação Sénior – Como escolher

Tipos de Habitação Sénior
Existem várias soluções que se adaptam ao estado de saúde, preferências pessoais e recursos de cada pessoa:
- Envelhecer em Casa
- A opção mais comum.
- Permite manter autonomia e ficar no espaço familiar, podendo precisar de adaptações (acessibilidade, segurança) e apoio domiciliário.
- Residências Assistidas / Alojamento Sénior
- Apartamentos ou unidades pensadas para seniores independentes.
- Garantem privacidade com serviços opcionais: refeições, apoio médico, limpeza, atividades sociais.
- Cohousing ou Coliving Sénior
- Comunidades em que cada pessoa tem o seu espaço privado, mas partilha áreas comuns (jardins, salas, cozinhas).
- Favorece a convivência, a entreajuda e combate o isolamento.
- ERPI (Lares de Idosos)
- Estruturas destinadas a quem já precisa de cuidados permanentes.
- Oferecem apoio diário em saúde, higiene, alimentação e acompanhamento.
- Modelos Híbridos
- Combinação de diferentes níveis de apoio.
- Permitem começar de forma autónoma e ir ajustando os serviços à medida que as necessidades aumentam.
Como selecionar a solução mais adequada
A escolha depende pelo menos de quatro fatores:
- Momento de vida: nível de autonomia, necessidades de saúde.
- Estilo de vida: preferência por independência, convívio ou maior segurança.
- Recursos financeiros: custos variam bastante entre soluções.
- Visão pessoal de envelhecimento: o que significa envelhecer com dignidade e liberdade para cada pessoa.
👉 O ideal é identificar o perfil da pessoa (autónoma, parcialmente dependente ou dependente), priorizar o que é mais importante (ex.: proximidade da família, cuidados médicos, vida social) e depois comparar as opções disponíveis.
Como avaliar uma solução
Antes de decidir, há perguntas-chave que ajudam a garantir que a escolha é acertada. Algumas das perguntas chaves arrumadas em sete áreas são:
- Instalações
- Os espaços são seguros e confortáveis?
- Há adaptações como casas de banho seguras e sistemas de emergência?
- Comunidade
- O ambiente é acolhedor?
- Existem espaços para socialização, jardins, atividades e boas acessibilidades para visitas?
- Estilo de Vida
- As refeições são variadas e saudáveis?
- Existem atividades adaptadas a diferentes perfis e transporte para deslocações?
- Equipa
- O pessoal é respeitoso, disponível e profissional?
- Conhece os residentes pelo nome e sabe lidar com emergências?
- Cuidados
- Há apoio médico e de enfermagem disponível quando necessário?
- Se as necessidades aumentarem, a pessoa pode continuar na mesma comunidade?
- Aspetos Financeiros
- O preço é fixo ou varia consoante os serviços?
- Que serviços estão incluídos e quais são pagos à parte?
- Existe taxa de entrada ou aumentos regulares de preços?
- Localização e Acessibilidade
- A comunidade fica perto de hospitais, centros de saúde ou farmácias?
- Há transportes públicos ou facilidade de estacionamento?
- Os familiares e amigos conseguem visitar facilmente?
- A zona é segura e com bons serviços de apoio e culturais (supermercados, bancos, correios, salas de espetáculo)?
Em resumo
Escolher uma habitação sénior é muito mais do que decidir onde viver. É escolher como envelhecer — com dignidade, segurança e, sobretudo, qualidade de vida.
Cada solução responde a necessidades diferentes: da autonomia em casa, à vida ativa em comunidade, até ao apoio especializado quando é preciso mais cuidado. O essencial é saber olhar para o momento de vida, para o que cada pessoa mais valoriza e para os recursos disponíveis.
Avaliar bem cada opção, visitar, fazer perguntas e comparar, garante que a decisão não é apenas prática, mas também emocional e sustentável a longo prazo.
👉 No fundo, não se trata de encontrar um espaço de assistência, mas de escolher um projeto de vida onde conforto, liberdade, proximidade e bem-estar caminhem lado a lado.
Ana Paula Melo
Setembro 2025