Dar e receber
Já deu alguma coisa hoje? Um bom dia? Um aperto de mão? Um beijo?
E então, sentiu-se bem com isso? Gratificado, emocionado, feliz? Ainda bem!
Estou aqui para o felicitar e lembrá-lo que, ao oferecer aos outros, ao ajudar alguém, está igualmente a ajudar-se a si próprio.
Dar sem esperar retorno aumenta a nossa autoconfiança, faz-nos sentir vivos, úteis e integrados no ciclo virtuoso do "dar e receber", que se deseja perpetue uma dinâmica de afecto, consideração e respeito.
Dar o quê?
Tudo o que possa imaginar. Desde um abraço a um raminho de salsa, de uma sopa quente a um braço amigo, de uma contribuição monetária ao seu próprio tempo, à sua atenção desinteressada.
Quanto?
Não é quantidade que conta, mas a acção de dar, de contribuir, de ajudar. Não entenda este meu apelo como uma obrigação, mas, uma sugestão baseada na experiência.
Não menos importante que dar é saber receber e quanto melhor você souber receber, mais dará. Doar, pressupõe que haverá um ou mais receptores que serão humildes nesse acto, como se espera que você seja, quando lhe derem algo a si.
Não se sinta merecedor de atenções especiais pela sua contribuição, nem subestime ou hipervalorize as atenções prestadas, com considerações do tipo:
- Óh! mas para que é que se esteve a incomodar?
- Eu não mereço nada disto!
Receba e agradeça reconhecido. Nada mais!
Se tiver disponibilidade, doe um pouco do seu tempo para acompanhar ou cuidar de idosos, doentes, crianças, ou animais, que terão com a sua presença mais atenção e carinho (ex.: cuidados paliativos; programas intergeracionais).
Já experimentou:
- cumprimentar regularmente quem se cruza consigo na rua?
- Dedicar um pensamento ou uma oração a alguém?
- Dizer obrigado, mais frequentemente?
- Oferecer um livro ou uma flor a quem estima de forma anónima?
Espero ter sido útil!
E vá vendo a caixa do correio.
Quem sabe não vai receber uma mensagem minha!
José Aleixo, Lagos, 4 de Setembro de 2023.