Dar e receber

04-10-2023

Já deu alguma coisa hoje? Um bom dia? Um aperto de mão? Um beijo?

E então, sentiu-se bem com isso? Gratificado, emocionado, feliz? Ainda bem!

Estou aqui para o felicitar e lembrá-lo que, ao oferecer aos outros, ao ajudar alguém, está igualmente a ajudar-se a si próprio.

Dar sem esperar retorno aumenta a nossa autoconfiança, faz-nos sentir vivos, úteis e integrados no ciclo virtuoso do "dar e receber", que se deseja perpetue uma dinâmica de afecto, consideração e respeito.

Dar o quê?

Tudo o que possa imaginar. Desde um abraço a um raminho de salsa, de uma sopa quente a um braço amigo, de uma contribuição monetária ao seu próprio tempo, à sua atenção desinteressada.

Quanto?

Não é quantidade que conta, mas a acção de dar, de contribuir, de ajudar. Não entenda este meu apelo como uma obrigação, mas, uma sugestão baseada na experiência.

Não menos importante que dar é saber receber e quanto melhor você souber receber, mais dará. Doar, pressupõe que haverá um ou mais receptores que serão humildes nesse acto, como se espera que você seja, quando lhe derem algo a si.

Não se sinta merecedor de atenções especiais pela sua contribuição, nem subestime ou hipervalorize as atenções prestadas, com considerações do tipo:

- Óh! mas para que é que se esteve a incomodar?

- Eu não mereço nada disto!

Receba e agradeça reconhecido. Nada mais!

Se tiver disponibilidade, doe um pouco do seu tempo para acompanhar ou cuidar de idosos, doentes, crianças, ou animais, que terão com a sua presença mais atenção e carinho (ex.: cuidados paliativos; programas intergeracionais).

Já experimentou:

  • cumprimentar regularmente quem se cruza consigo na rua?
  • Dedicar um pensamento ou uma oração a alguém?
  • Dizer obrigado, mais frequentemente?
  • Oferecer um livro ou uma flor a quem estima de forma anónima?

Espero ter sido útil!

E vá vendo a caixa do correio.

Quem sabe não vai receber uma mensagem minha!

José Aleixo, Lagos, 4 de Setembro de 2023.