A saúde em primeiro lugar!

15-04-2021

Sim, porque sendo saudáveis tudo o resto na nossa vida teria que ter apenas o peso que lhe diz respeito, e não mais do que isso. Assim deveria ser ....

Falando sobre o sal e a importância que ele tem na nossa alimentação: é um produto indispensável ao ser humano desde a sua mais remota existência. Usado com moderação, é saudável, exalta o paladar da comida, e é essencial ao organismo. Ao nosso e ao dos animais. É usado também na confeção e preservação da comida e da pesca.

Utilizado em excesso, pode provocar e potenciar doenças ou efeitos não desejáveis tais como AVC, hipertensão, demência, excesso de peso e outras enfermidades.

A ingestão de sal recomendada pela OMS é de até 5 gramas por dia, mas os valores máximos de sal identificados nos idosos em Portugal foram de 27 gramas de sal nos homens e 20,8 gramas nas mulheres, ou seja, mais do triplo do valor recomendado.

Por isso mesmo, do coração ao excesso de peso, são vários os danos causados no nosso organismo e que afetam de forma séria e muitas vezes permanente a nossa saúde.

Um hábito que pode ser facilmente suprimido e ajuda a controlar o consumo de sal, é nunca levar o saleiro para a mesa das refeições ou, solicitá-lo num restaurante, na perspetiva de apaladar ainda mais o prato que acabou de ser confecionado.

Uma culinária mais saudável pode igualmente incluir ervas aromáticas contribuindo para o uso de menor quantidade de sal, ou colocar o peixe ou a carne numa marinada em que o suco de limão, vinho ou vinagre vão aromatizar e minimizar a adição de sal.

Também o tipo de sal que consumimos pode limitar os malefícios deste condimento.

O sal do Sado 100% natural, que tem origem nas salinas de Alcácer do Sal, é uma de várias escolhas disponíveis no mercado, cuja qualidade supera, em todos os aspetos, o sal normal que se encontra à venda em qualquer zona comercial.

Adquirir um bom sal apenas para um tempero simples, ou aromatizado, para tempero de pratos mais elaborados, pode encontrar-se em lojas gourmet.

Termino partilhando convosco uma metáfora: (1)


Um punhado de sal

"O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse.
- Qual é o gosto? - perguntou o Mestre.
- Mau. - disse o jovem sem pensar duas vezes.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e que a levasse junto com ele ao lago. Os dois caminharam em silêncio, e quando chegaram lá o mestre mandou que o jovem deitasse o sal no lago. O jovem então fez como o mestre disse.
De seguida, o velho disse:
- Beba um pouco dessa água.
O jovem assim o fez e enquanto a água escorria do queixo do jovem o Mestre perguntou:
- Qual é o gosto?
- Bom! - disse o jovem sem pestanejar.
- Você sente o gosto do sal? - perguntou o Mestre.
- Não - disse o jovem.
O Mestre então sentou-se ao lado do jovem, pegou nas suas mãos e disse:
- A dor na vida duma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando sentir dor, a única coisa que deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está à sua volta. É dar mais valor ao que tem em detrimento ao que perdeu. Noutras palavras: é deixar de ser copo, para tornar-se um lago."


Nas transições que acontecem na nossa vida ao longo dos anos, nos nossos relacionamentos, tal como na saúde, também uma mão cheia de sal pode ser o equilíbrio, e a amizade que o ser humano naturalmente necessita. Depende de para onde a direcionamos e onde o diluímos.


Ana Paula Calvinho

(1)  Retirado da internet